15 de mai. de 2019





Declaração de direitos do homem e do cidadão - 1789

França, 26 de agosto de 1789.


Os representantes do povo francês, reunidos em Assembléia Nacional, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos Governos, resolveram declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta declaração, sempre presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre permanentemente seus direitos e seus deveres; a fim de que os atos do Poder Legislativo e do Poder Executivo, podendo ser a qualquer momento comparados com a finalidade de toda a instituição política, sejam por isso mais respeitados; a fim de que as reivindicações dos cidadãos, doravante fundadas em princípios simples e incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral.
Em razão disto, a Assembléia Nacional reconhece e declara, na presença e sob a égide do Ser Supremo, os seguintes direitos do homem e do cidadão:
Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.
Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3º. O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhuma operação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.
Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo. Assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.
Art. 5º. A lei não proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.
Art. 6º. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.
Art. 7º. Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência.
Art. 8º. A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.
Art. 9º. Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.
Art. 10º. Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.
Art. 11º. A livre comunicação das idéias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem. Todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.
Art. 12º. A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública. Esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada.
Art. 13º. Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades.
Art. 14º. Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a coleta, a cobrança e a duração.
Art. 15º. A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.
Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.
Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.

In Textos Básicos sobre Derechos Humanos.
Madrid. Universidad Complutense, 1973, traduzido do espanhol por Marcus Cláudio Acqua Viva. APUD.
FERREIRA Filho, Manoel G. et. alli. Liberdades Públicas
São Paulo, Ed. Saraiva, 1978.

28 de abr. de 2019

CEM 09 - Grécia Antiga












10 de abr. de 2019

CEM 09 - REVOLUÇÃO FRANCESA





FRANÇA PRÉ-REVOLUCIONÁRIA

CONVOCAÇÃO DOS ESTADOS GERAIS


FASE DO TERROR

5 de abr. de 2019

8o Anos - Tópicos de Revisão

Jun

                             Para estudar ...


1."Os filósofos adulam os monarcas e os monarcas adulam os filósofos". Assim se refere o historiador Jean Touchard à forma de Estado europeu que floresceu na segunda metade do século XVIII. Os "reis filósofos", temendo revoluções sociais, introduziram reformas inspiradas nos ideais iluministas. Estas observações se aplicam:
(a) às Monarquias Constitucionais.
(b) ao Despotismo Esclarecido.
(c) às Monarquias Parlamentares.
(d) ao Regime Social-Democrático.
(e) aos Principados ítalo-germânicos.

2.  O Iluminismo, movimento intelectual do século XVIII, representou o (a);
(a) afirmação das ideias revolucionárias da burguesia;
(b) renascer do pensamento clássico greco-romano;
(c) revolução ideológica da aristocracia;
(d) expansão do pensamento religioso protestante;
(e) fortalecimento do Estado absolutista.

3. Assinale a alternativa que apresenta um princípio filosófico do Século das Luzes.
(a) Crença na razão como fonte para a crítica social e política.
(b) Defesa do ideal monárquico para a garantia da unidade política.
(c) Ideia do Direito Divino dos Reis para legitimar o Absolutismo.
(d) Ideia de indivisibilidade do Estado em poderes independentes.

4. Sobre o chamado despotismo esclarecido é correto afirmar que:
(a) foi um fenômeno comum a todas as monarquias europeias, tendo por característica a utilização dos princípios do Iluminismo.
(b) foram os déspotas esclarecidos os responsáveis pela sustentação e difusão das ideias iluministas elaboradas pelos filósofos da época.
(c) foi uma tentativa bem intencionada, embora fracassada, das monarquias europeias reformarem estruturalmente seus Estados.
(d) foram os burgueses europeus que convenceram os reis a adotarem o programa de modernização proposto pelos filósofos iluministas.
(e) foi uma tentativa, mais ou menos bem sucedida, de algumas monarquias reformarem, sem alterá-las, as estruturas vigentes

5"Com plena segurança achamos que a liberdade de comércio, sem que seja necessária nenhuma atenção especial por parte do Governo, sempre nos garantirá o vinho de que temos necessidade; com a mesma segurança podemos estar certos de que o livre comércio sempre nos assegurará o ouro e prata que tivermos condições de comprar ou empregar, seja para fazer circular as nossas mercadorias, seja para outras finalidades". (Adam Smith -A RIQUEZA DAS NAÇÕES). No texto, os argumentos a favor da liberdade de comércio são, também, de críticas ao:
(a) Laissez-faire.         
(b) Socialismo.        
(c) Colonialismo.          
(d) Corporativismo.    
(e) Mercantilismo.

6O movimento conhecido como Ilustração ou Iluminismo marcou uma revolução intelectual, ocorrida na sociedade europeia ao longo do século XVIII. O Iluminismo, em seu âmbito intelectual, expressou a:
(a) negação do humanismo renascentista baseado no experimentalismo, na física e na matemática.
(b) aceitação do dogmatismo católico e da escolástica medieval.
(c) defesa dos pressupostos políticos e das práticas econômicas do Estado do Antigo Regime.
(d) consolidação do racionalismo como fundamento do conhecimento humano.
(e) supremacia da ideia de providência divina para a explicação dos fenômenos naturais.
 
7 -  “Um comerciante está acostumado a empregar o seu dinheiro principalmente em projetos lucrativos, ao passo que um simples cavalheiro rural costuma empregar o seu em despesas. Um frequentemente vê seu dinheiro afastar-se e voltar às suas mãos com lucro; o outro, quando se separa do dinheiro, raramente espera vê-lo de novo. Esses hábitos diferentes afetam naturalmente os seus temperamentos e disposições em toda espécie de atividade. O comerciante é, em geral, um empreendedor audacioso; o cavalheiro rural, um tímido em seus empreendimentos...” (Adam Smith, A Riqueza das Nações, Livro III, capítulo 4)  Neste pequeno trecho, Adam Smith  
(a)       contrapõe lucro a renda, pois geram racionalidades e modos de vida distintos.  
(b)       mostra as vantagens do capitalismo comercial em face da estagnação medieval.
(c)       defende a lucratividade do comércio contra os baixos rendimentos do campo.
(d)       critica a preocupação dos comerciantes com seus lucros e dos cavalheiros com a ostentação de riquezas.
(e)       expõe as causas da estagnação da agricultura no final do século XVIII.
 
8 - A partir do século XVI, a palavra T R A B A L H O perde seu conceito negativo associado à idéia de pobreza e sofrimento, adquirindo uma conotação positiva de dignidade, porque:  
(a)       o trabalho passa a ser exercido também pelas classes dominantes.
(b)       a campanha pela abolição do trabalho escravo na América se intensifica.
(c)       os equipamentos das manufaturas exigem trabalhadores qualificados.
(d)       o trabalho é fonte de toda a produtividade e riqueza material.  
(e)       a doutrina calvinista justifica o trabalho como fonte de salvação.
 
9 -  São princípios fundamentais do liberalismo econômico no século XVIII, EXCETO:  
(a)       combate ao mercantilismo.
(b)       defesa da propriedade coletiva.  
(c)       liberdade de contrato.
(d)       livre concorrência e livre cambismo.
(e)       divisão internacional do trabalho.
 


10 -  As ideias dos diversos filósofos do Iluminismo, que tanta importância exercem nos movimentos sociais dos séculos XVIII e XIX, têm como princípio comum:
(a)       a república como único regime político democrático.
(b)       a razão como portadora do progresso e da felicidade.  
(c)       as classes populares como base do poder político.
(d)       o calvinismo como justificativa de riqueza material.
(e)       a igualdade social como alicerce do exercício da cidadania.
 
11- O Iluminismo representa a visão de mundo da intelectualidade do século XVIII, NÃO podendo ser apontado como parte do seu ideário:  
(a)       o combate às injustiças sociais e aos privilégios aristocráticos.
(b)       o fortalecimento do Estado e o cerceamento das liberdades.  
(c)       o anticolonialismo e o repúdio declarado à escravidão.
(d)       o triunfo da razão sobre a ignorância e a superstição.
(e)       o anticlericalismo e a oposição à intolerância religiosa.
 
12 -  O Iluminismo que atingiu seu maior esplendor na França, no século XVIII, tendo por representantes Voltaire, Montesquieu, Rousseau, etc. Uma das suas características foi a seguinte:
(a)       Defender os ensinamentos das Igrejas Católica e Protestante.
(b)       Ensinar que o homem não é livre, mas marcado pelo determinismo geográfico.
(c)       Combater o absolutismo real e pregar o liberalismo político. 
(d)       Pregar a censura para os espetáculos de circo e de teatro.
(e)       Recomendar a pena de morte como maneira de coibir a criminalidade.
 
13 -  "O nosso século é chamado o Século da Filosofia por excelência. Se examinarmos sem prevenção o estado atual dos nossos conhecimentos, não se pode deixar de convir que a filosofia registrou grandes progressos entre nós. (...) Assim, desde os princípios das ciências profundas até os fundamentos da Revelação, desde a metafísica até as questões de gosto, (...) desde as disputas escolásticas dos teólogos até os objetos de comércio, (...) tudo foi discutido, analisado e, no mínimo, agitado."
                          D'Alembert                                               (apud. Ernst Cassirer. A filosofia do Iluminismo. pp 20-21)
 
  As palavras de D'Alembert nos remetem a algumas das características das idéias e concepções do movimento iluminista. Entre elas podemos identificar:  
I - A valorização da filosofia como campo de reflexões estritamente direcionadas para a crítica das ciências da natureza.
II - A defesa de uma concepção de história associada ao ideal de progresso e contraposta aos valores da tradição.
III - A secularização de todos os domínios de conhecimento, incluindo-se aqueles relacionados à moral, à religião e às relações sociais.
IV - A defesa da razão e da experiência como instrumentos centrais para a produção de todos os conhecimentos e valores pertinentes ao homem e às suas sociedades.

Assinale:  
(a)       se somente as afirmativas I e II estão corretas.
(b)       se somente as afirmativas I e IV estão corretas.
(c)       se somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.   
(d)       se somente a afirmativa III está correta.
(e)       se todas as afirmativas estão corretas.
 
14 – Assinale a opção em que se encontra corretamente identificado um dos preceitos fundamentais da Fisiocracia:  
(a)       "O ouro e a prata suprem as necessidades de todos os homens."
(b)       "Os meios ordinários, portanto, para aumentar nossa riqueza e tesouro são o comércio exterior."
(c)       "Que o soberano e a nação jamais se esqueçam de que a terra é a única fonte de riqueza e de que a agricultura é que a( multiplica."  
(d)       "Todo comércio consiste em diminuir os direitos de entrada das mercadorias que servem às manufaturas interiores (...)"
(e)       "As manufaturas produzirão benefícios em dinheiro, o que é o único fim do comércio e o único meio de aumentar a grandeza e o poderio do Estado."
 
15. No século XVIII surge na França a teoria econômica fisiocrática, proposta originariamente pelo médico Quesnay. A Fisiocracia criticava o mercantilismo  e sustentava que a origem da riqueza nacional se encontrava no setor:
(a)      industrial.
(b)       comercial.
(c)       agrícola.  
(d)       financeiro.
(e)       extrativista.

16. Sobre Adam Smith, assinale a afirmativa INCORRETA:
(a) escreveu a obra "A Riqueza das Nações".
(b) propunha uma sociedade igualitária a partir da análise científica da História.
(c) era contrário ao mercantilismo.
(d) é considerado o pai do liberalismo econômico.
(e) defendia o trabalho como a única fonte geradora de riquezas.

17. Características do Iluminismo, exceto:
(a) derrubada dos conceitos tradicionais, apoiada na ascensão da burguesia, que pretendia a instalação de uma sociedade de classes.
(b) revisão da Teoria do Direito Divino como ilegítima e irracional.
(c) crítica à Igreja, base de sustentação teórica e material do absolutismo.
(d) governo nacional seria o voltado para o povo e para a satisfação de seus desejos. Envolvimento de Locke, Voltaire e Rousseau.
(e) Teocentrismo, em coincidência com o ideal Barroco.

18.    Sabe-se que os filósofos iluministas, com suas idéias, abriram cominho para a Revolução Francesa. Estes pensadores, no geral:
(a)      pregavam a necessidade de uma explicação de caráter místico e espiritualista para a existência humana.
(b)      apesar de considerarem que as desigualdades, eram provocadas pela sociedade e que os homens eram iguais perante a natureza, não conseguiram contribuir para que os privilégios existentes na sociedade francesa fossem abolidos.
(c)      confundiam-se, em muitos casos,  com os déspotas esclarecidos,  como Frederico II, da Prússia e José II, da Áustria.
(d)      destacavam-se por buscar uma explicação racional para todas as coisas, considerando também que as desigualdades eram provocadas pela sociedade e que os homens ,eram iguais perante a natureza.  
(e)      eram contra os privilégios da nobreza, porém justificavam como necessários os privilégios vivenciados pelo clero.
 
19.  Diderot foi uma figura de destaque no movimento iluminista e juntamente com D’Alembert dirigiu a Enciclopédia - grande síntese do debate e das descobertas intelectuais da época. Eles defendiam idéias que assustavam os mais conservadores. Jean-Jacques Rousseau, por exemplo, chegou a afirmar que:  
(a)      todos deviam ser iguais perante a lei, embora mantivessem sua admiração pela monarquia.
(b)      a sociedade corrompia os homens que tinham uma bondade original.
(c)      o Estado devia ser controlado por uma elite intelectual, lembrando a República de Platão.
(d)      o socialismo traria benefícios para todos.
(e)      a sociedade moderna devia se inspirar no modelo grego de cidadania, preservando os direitos da aristocracia.

20.  “O príncipe é, para sociedade que governa, o que a cabeça é para o corpo; deve ver, pensar, agir por toda a comunidade, a fim de conseguir-lhe todas as vantagens... É apenas o primeiro servidor do Estado, obrigado a agir com probidade, com sabedoria, totalmente desinteressado, como se a cada momento tivesse de prestar contas de sua administração.”  
(Frederico II, Rei da Prússia).    Tais palavras expressam:
 
(a)      O absolutismo.
(b)      O maquiavelismo.
(c)      O liberalismo.
(d)      O despotismo esclarecido 
(e)      A democracia.













GABARITO


1.  ( b )

2.  ( a )

3.  ( a )

4.  ( e )

5. ( e )

6 . ( d )
 
7 . ( a )
 
8 . ( d )

9 .  ( b )

10 . ( b )

11.  ( b )

12 .  ( c )

13 .  ( c )
 
14.  ( c )
 
15 . ( c )

16 . ( b )

17 - ( e )

18 - ( d )
 
19 - (  b )

20 -  ( d )









ISLAMISMO - CEF 31 VESPERTINO


Turma, conforme mencionado, segue o vídeo com a entrevista e o link do filme: O físico.





O físico


Artesanato Indiano








9 de mar. de 2019

Como fazer um fichamento

Fichamento: como fazer, tipos e exemplos

Conceitualmente, fichamento é um resumo das principais idéias de um texto. É bastante utilizado como técnica de estudo e no processo de revisão da literatura. Nele, são resumidas e destacadas as partes mais importantes do texto com o objetivo de fazer futuras consultas. Como fazer o fichamento?
A leitura breve dos documentos é atividade essencial para que se inicie a criação de um fichamento. Essa leitura é importante para você se ambientar com o conteúdo caso seja algo novo para você. 
 Em resumo, através do fichamento você pode identificar, analisar, conhecer e destacar os pontos mais importantes de um determinado assunto.

Fichamento ABNT
Em muitos casos, é interessante que você siga normas da ABNT na construção do seu fichamento. Ao seguir as normas da ABNT, você poupará tempo caso precise utilizar este documento para futuros trabalhos. 

Tipos de fichamento

Existem modelos diferentes deste recurso, cada um utilizado conforme a sua necessidade. Desta forma é necessário saber exatamente o que você quer com o fichamento. Existe o fichamento bibliográfico, o modelo de fichamento de citação e o modelo de fichamento de resumo ou conteúdo. Cada um deles é explicado detalhadamente a seguir.

Fichamento Bibliográfico

Utiliza a descrição, com comentários, de parte de uma obra ou dela inteira. As idéias selecionadas, podem ser organizadas por temas seguida pelo número da página onde foi encontrada na obra.

Exemplo:

SILVA, Maria lima. A antropologia social em sua plenitude. Manaus: Revista ser, 1987.
A obra insere-se no campo da história e da antropologia social. A autora utiliza-se de fontes secundárias colhidas por meio de livros, revistas e depoimentos. A abordagem é descritiva e analítica.(página 34)
Aborda os aspectos históricos da condição feminina no Brasil a partir do ano de 1500. Aautora descreve em linhas gerais todo s processo de lutas e conquistas da mulher  (página 43).
Não obstante, o desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação assume importantes posições no estabelecimento das direções preferenciais no sentido do progresso. (página 54)

Fichamento de Citações

Também chamado de temático, é aquele em que serão transcritos trechos importantes do conteúdo. Ou seja, você vai copiar as partes que relevantes do texto, não se esquecendo de colocar as devidas aspas. Caso você não queira o trecho todo, insira “[…]” antes e/ou depois, destacando que fez o corte da frase.

Exemplo:

Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (pp. 30 – 132). Segundo capítulo.
SILVA, Maria lima. A antropologia social em sua plenitude. Manaus: Revista ser, 1987.
“uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Augusta, defendeu a abolição da escravatura, ao lado de propostas como educação e a emancipação da mulher e a instauração da República” (p.30)
“na justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres serem absolvidos sob a defesa de honra” (p. 132)
“a mulher buscou com todas forças sua conquista no mundo totalmente masculino” (p.43)

Fichamento de Resumo ou Conteúdo

Também chamado de fichamento de conteúdo. Nele, suas idéias podem ser inseridas seguindo a ordem em que aparecem no texto. Você deve utilizar suas próprias palavras, criar diferentes esquemas e colocar exemplos e argumentos.

Exemplo:

Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (pp. 30 – 132) segunda capítulo.
SILVA, Maria lima. A antropologia social em sua plenitude. Manaus: Revista ser, 1987.
O trabalho da autora baseia-se em análise de textos e na própria vivência nos movimentos feministas, como relato de uma prática.
A autora divide seu texto em fases históricas compreendidas entre Brasil Colônia (1500 – 1822), até os anos de 1975 em que foi considerado o Ano Internacional da Mulher.
A autora trabalha ainda assuntos como mulheres da periferia de São Paulo, a luta por creches, violência, participação em greves, saúde e sexualidade.