23 de set. de 2019
18 de set. de 2019
28 de ago. de 2019
16 de ago. de 2019
Café Colonial Paracatuense
Encerramos as atividades do dia com este maravilhoso café colonial feito pela D. Angela que também nos contou detalhes sobre as receitas tradicionais da culinária mineira.
15 de ago. de 2019
Comunidade Quilombola de São Domingos
Visita a comunidade quilombola de São Domingos , Paracatu- Mg
Aprendizado sobre o engenho dode açúcar, do fazer rapadura, histórias e tradições locais.
Aprendizado sobre o engenho dode açúcar, do fazer rapadura, histórias e tradições locais.
14 de ago. de 2019
12 de ago. de 2019
A
vinda da família real portuguesa para o Brasil ocorreu em 28 de novembro de 1807 e a
comitiva aportou no Brasil em 22 de janeiro de 1808.
O refúgio
no Brasil foi uma manobra inédita do Príncipe-Regente, D. João, para garantir
que Portugal continuasse independente quando foi ameaçado de invasão por
Napoleão Bonaparte.
Para
garantir o êxito da transferência, o reino de Portugal teve apoio da Inglaterra,
que também auxiliou na expulsão das tropas napoleônicas.
Por que a Família Real veio para o Brasil?
Em 1806,
Napoleão Bonaparte decretou o bloqueio continental determinando que os países
europeus fechassem os portos para os navios da Inglaterra.
Enquanto
isso, negociou secretamente o Tratado de Fontainebleau (1807) com os espanhóis
que permitiria os franceses atravessar a Espanha para invadir Portugal. Em
troca, o reino espanhol poderia se apoderar de um pedaço do território
português.
Portugal
não aderiu ao bloqueio continental devido à longa aliança
política e comercial com os ingleses e, por este motivo, Napoleão ordenou a
conquista, ocorrida em novembro de 1807.
Antes
disso, em 22 de outubro de 1807, o príncipe regente D. João e o rei da
Inglaterra Jorge III (1738-1820) assinaram uma convenção secreta que transferia
a sede monárquica de Portugal para o Brasil.
Neste
mesmo documento, ficava estabelecido que as tropas britânicas se instalariam na
lha da Madeira temporariamente. Por sua parte, o governo português
comprometeu-se em assinar um tratado comercial com a Inglaterra após fixar-se
no Brasil.
O
príncipe regente, Dom João, determinou que toda a família real
seria transferida para o Brasil. Também viajariam os ministros e empregados,
totalizando 15,7 mil pessoas que representavam 2% da população portuguesa.
Atualmente,
estes números estão sendo revistos, pois muitos historiadores consideram a
cifra exagerada.
Embarque
Embarque da Família Real
portuguesa para o Brasil, autor desconhecido
Foram
necessários oito naus, três fragatas, três brigues e duas escunas para o
transporte. Outros 4 navios da esquadra britânica acompanhavam a corte.
Além das
pessoas, foram embarcados no dia 28 de novembro de 1807, móveis, documentos,
dinheiro, obras de arte e a real biblioteca. Aos que ficaram, lhes foi
aconselhado receber de maneira pacífica os invasores para evitar derramamento
de sangue.
O general
Junot (1771-1813), comandante da invasão, ficou em Lisboa até agosto de 1808
quando foi derrotado pelos ingleses. A partir daí, Portugal era governado pelo
Conselho de Regência integrados por fidalgos do reino.
VEJA
TAMBÉM: Império Napoleônico
Travessia
A viagem
ocorreu em condições insalubres e durou 54 dias até Salvador (BA), onde
desembarcou no dia 22 de janeiro de 1808. Na capital baiana foram recebidos com
festas e ali permaneceram por mais de um mês.
No período em que esteve na
Bahia, o Príncipe Regente assinou o Tratado de Abertura dos Portos às Nações
Amigas e criou a Escola de Cirurgia da Bahia.
No dia 26
de fevereiro, a corte partiu para o Rio de Janeiro, que seria declarada capital
do Império.
A chegada
no Rio de Janeiro ocorreu em 7 de março de 1808. Havia poucos alojamentos
disponíveis para acomodar a comitiva palaciana e muitas residências foram
solicitadas para recebê-los.
As casas
que eram escolhidas pelos nobres recebiam em sua fachada a inscrição P.R., que
significava "Príncipe Regente" e indicava a saída dos moradores para
disponibilizar o imóvel.
No
entanto, a população interpretou a sigla, ironicamente, como "Ponha-se
na Rua".
Consequências
Quartéis
e conventos também foram usados para acomodar a corte. A mudança da Família
Real e sua comitiva contribuiu para significativas mudanças no Rio de Janeiro,
pois foram realizados melhoramentos e levantados novos edifícios públicos.
O mesmo
ocorreu com o mobiliário e a moda. Com a abertura dos portos, o comércio foi
diversificado, passando a oferecer serviços como o de cabeleireiros,
chapeleiros, modistas.
D. João
também abriu a Imprensa Régia, de onde surgiu a Gazeta do Rio de Janeiro. Foram
criadas a Academia da Marinha, a Academia Militar, o Jardim Botânico, a Real
Fábrica de Pólvora, Laboratório Químico-Prático, etc.
Vida Cultural
A arte,
contudo, está entre os setores que mais recebeu impacto da transferência da
corte. A Real Biblioteca de Portugal foi transferida integralmente de Lisboa
para o Rio de Janeiro, em 1810.
O acervo
inicial, de 60 mil volumes, era composto por livros, mapas, manuscritos,
estampas e medalhas e foi a base para a atual Biblioteca Nacional.
Para o
entretenimento dos integrantes da corte, foi fundado em 1813 o Real Teatro São
João, onde atualmente se encontra o Teatro João Caetano.
Na
música, o compositor português Marcos Portugal se encontrou com um talento a
altura do Padre José Maurício, e dessa rivalidade, surgiram as mais belas
melodias nas Américas.
Com o fim
das guerras napoleônicas, vários artistas franceses
se veem sem trabalho e recorrem a Dom João para seguir suas carreiras. Tem
início, assim, a chamada Missão Francesa que possibilitou a abertura da Escola
Real de Artes Ciências e Oficios.
VEJA
TAMBÉM: Período Joanino
Tratado de Aliança e Amizade, de Comércio e
Navegação
A fim de
estreitar os laços comerciais e políticos com os ingleses, Dom João assina, em
1810, o Tratado de Aliança e Amizade, de Comércio e Navegação com o Reino
Unido.
Este Tratado estabelecia:
·
o direito
da extraterritorialidade. Isto permitia aos súditos ingleses que cometesse
crimes em domínios portugueses serem processados por magistrados ingleses,
segundo a lei inglesa;
·
a
permissão para construir cemitérios e templos protestantes;
·
a
segurança de que a Inquisição não seria implantada no Brasil e, desta maneira,
os protestantes não seriam incomodados;
·
vantagens
comerciais. O imposto de importação de produtos ingleses seria de 15%, ou seja,
os produtos portugueses, 16%, e os demais países, 24% em nossas alfândegas.
·
O
compromisso do fim do tráfico negreiro em vistas da abolição da escravidão.
Independência do Brasil
A
principal consequência da vinda da família real para o Brasil foi a aceleração
do processo de independência do país.
Em 1815,
com fim das guerras napoleônicas, o Brasil foi declarado parte do Reino Unido
de Portugal e Algarves, deixando de ser uma colônia.
Isso foi
necessário, pois os dirigentes europeus reunidos no Congresso de Viena não reconheciam a
autoridade de Dom João numa simples possessão ultramarina.
A
permanência da família real foi decisiva para manter a unificação territorial
do Brasil, pois reuniu parte da elite e da população em torno à figura do
soberano.
As
medidas político-administrativas de Dom João fizeram com que a Inglaterra
acentuasse o interesse no comércio com o Brasil. Essa condição fica clara com a
abertura dos portos às nações amigas.
O
processo fez com que Portugal perdesse o monopólio sobre o comércio com o
Brasil e a elite agrária passa a sonhar com a Independência. Em contrapartida,
o Brasil passa a ser para a Inglaterra um promissor mercado consumidor e
fornecedor.
Quando D.
João VI precisou retornar a Portugal, por causa da Revolução Liberal do Porto, o filho Dom Pedro,
aproxima-se da elite agrária. Esta estava preocupada com a possibilidade de
recolonização e as guerras em curso na América Espanhola.
A
Independência do Brasil é declarada no dia 7 de setembro de 1822 por Dom
Pedro I que se torna o primeiro imperador do Brasil.
Independente,
o país promulga a primeira Constituição em 1824 que mantém o regime
monárquico, a escravidão e reconhece a religião católica como oficial.
VEJA
TAMBÉM: Causas da Independência do Brasil
Resumo
Fato Histórico
|
Data
|
Bloqueio Continental
|
1806
|
Partida de Lisboa
|
30 novembro de 1807
|
Chegada à Bahia
|
22 janeiro de 1808
|
Abertura dos Portos para as Nações Amigas
|
21 de janeiro de 1808
|
Criação da Escola de Cirurgia da Bahia
|
18 de fevereiro de 1808
|
Chegada ao Rio de Janeiro
|
7 de março 1808
|
Criação da Imprensa Régia
|
13 de maio de 1808
|
Real Academia dos Guardas-Marinhas
|
5 de maio de 1808
|
Estabelecimento do Real Horto (Jardim Botânico)
|
13 de junho de 1808
|
Fundação do Banco do Brasil
|
12 de outubro de 1808
|
Tratados de Aliança e Amizade, de Comércio e
Navegação
|
19 de fevereiro de 1810
|
Instituição da Real Biblioteca (atual Biblioteca
Nacional)
|
29 outubro de 1810
|
Real Academia Militar
|
4 de dezembro de 1810
|
Laboratório Químico-Prático
|
1812
|
Teatro São João
|
13 de outubro de 1813
|
Criação da Missão Francesa
|
1815
|
Escola Real de Artes, Ciências e Oficio
|
12 de agosto de 1816
|
Retorno para Portugal
|
26 de abril de 1821
|
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