27 de abr. de 2020

Revolução Francesa em RAP

23 de abr. de 2020

Revolução Francesa em paródia


Foi na Revolução Francesa 
O povo, o clero e a nobreza, 
Os 3 estados que tristeza 
Era a maior contradição. 
Primeiro estado era o clero 
Segundo estado era a nobreza
Terceiro estado que dureza 
A burguesia e o povão 
Liberdade e igualdade Co'a fraternidade 
Era um disfarce 
pra na verdade 
Pra derrubada do poder 
E foi o Iluminismo 
Contra o absolutismo 
Que implantou lá pela França
O Regime Liberal 
Mas o povo foi traído
Os ideais forma rompidos 
A ditadura vem de novo 
Agora com Napoleão.



Declaração de direitos do homem e do cidadão - 1789



Os representantes do povo francês, reunidos em Assembléia Nacional, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos Governos, resolveram declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta declaração, sempre presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre permanentemente seus direitos e seus deveres; a fim de que os atos do Poder Legislativo e do Poder Executivo, podendo ser a qualquer momento comparados com a finalidade de toda a instituição política, sejam por isso mais respeitados; a fim de que as reivindicações dos cidadãos, doravante fundadas em princípios simples e incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral.
Em razão disto, a Assembléia Nacional reconhece e declara, na presença e sob a égide do Ser Supremo, os seguintes direitos do homem e do cidadão:
Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.
Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3º. O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhuma operação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.
Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo. Assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.
Art. 5º. A lei não proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.
Art. 6º. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.
Art. 7º. Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência.
Art. 8º. A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.
Art. 9º. Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.
Art. 10º. Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.
Art. 11º. A livre comunicação das idéias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem. Todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.
Art. 12º. A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública. Esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada.
Art. 13º. Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades.
Art. 14º. Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a coleta, a cobrança e a duração.
Art. 15º. A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.
Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.
Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.

In Textos Básicos sobre Derechos Humanos.
Madrid. Universidad Complutense, 1973, traduzido do espanhol por Marcus Cláudio Acqua Viva. APUD.
FERREIRA Filho, Manoel G. et. alli. Liberdades Públicas
São Paulo, Ed. Saraiva, 1978.

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Significados da gíria "Véi"



















12 de abr. de 2020

INDÚSTRIA 4.0

A NOVA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL CHEGOU
Indústria 4.0
A 1ª Revolução Industrial aconteceu a partir do ano de 1780 e trouxe o aprimoramento de máquinas a vapor e linhas de montagem. 90 anos depois, a 2ª Revolução deu início ao uso de energia elétrica, aço e motores movidos à combustíveis fósseis. Por volta de 1970, a 3ª Revolução Industrial mudou o mundo com o avanço de tecnologias e sistemas computadorizados. Agora, a 4ª Revolução está presente e é conhecida como Indústria 4.0.
De acordo com o Ministério da Economia (ME), a quarta revolução industrial vai trazer um impacto mais profundo e exponencial do que as três primeiras. Henrik von Scheel, um dos criadores do termo Indústria 4.0 e autoridade em estratégia e competitividade, afirma que a nova revolução vai modificar de vez a vida humana. “Basicamente, vai alterar a nossa forma de viver, trabalhar, consumir, negociar, investir e o modo de nos relacionar com os outros”, assegura.
A Indústria 4.0 é o conjunto de tecnologias que permitem a fusão do mundo físico, digital, virtual e biológico. Apesar das transformações tecnológicas, a base das mudanças decorrentes da 4ª Revolução Industrial não são máquinas. “Não são robôs ou inteligência artificial, o ser humano é o centro da Indústria 4.0”, garante von Scheel.
O termo Indústria 4.0 surgiu pela primeira vez na Feira Industrial de Hannover, em 2011. Após dois anos, o grupo ministrado pelos físicos e empresários Siegfried Dais e Henning Kagermann, com o apoio do Governo Federal Alemão, publicou um trabalho na mesma feira sobre o desenvolvimento da Indústria 4.0. O conceito integra as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia de informação, aplicadas aos processos de manufatura.
A Indústria 4.0 é um novo paradigma que combina técnicas avançadas de produção e operações com sistemas digitais inteligentes. Com isso, é possível vermos empresas digitais não só interligadas e autônomas, mas com capacidade de se comunicar, analisar e usar dados para impulsionar ações inteligentes adicionais de volta ao ambiente físico.
Estudos da consultoria McKinsey revelam que inserir métodos 4.0 podem otimizar a produtividade das indústrias e aumentar a qualidade e a precisão de 15% a 35%. Com isso, vemos produtos mais adequados às necessidades e desejos dos consumidores e não necessariamente a um preço muito acima em função da maior eficiência.

Princípios da Indústria 4.0

Existem alguns princípios que configuram o que chamamos hoje de quarta revolução industrial. Para garantir que seu negócio esteja de acordo com o preceito, ele precisa seguir essas características:
Interoperabilidade: a capacidade de máquinas, dispositivos, sensores e pessoas de conectar e comunicar através da Internet das Coisas (IoT) e Computação em Nuvem.
Descentralização: a habilidade de sistemas ciber-físicos de tomar decisões por conta própria e executar tarefas da forma mais autônoma possível.
Assistência Técnica: habilidade de sistemas de assistência de ajudar humanos ao agregar e visualizar informações sobre a fábrica e, então, sugerir soluções. Além da capacidade de sistemas ciber-físicos de apoiar fisicamente os seres humanos em tarefas exaustivas ou inseguras.
Virtualização: a habilidade de sistemas de informação de criar cópias virtuais das fábricas inteligentes. Permitindo a rastreabilidade e monitoramento remoto de todos os processos.
Capacidade em tempo real: coletar e analisar dados e entregar conhecimento derivado dessas análises de forma instantânea, permitindo a tomada de decisões em tempo real.
Modularidade: adaptação flexível das fábricas inteligentes para requisitos mutáveis através da reposição ou expansão de módulos individuais.

As principais tecnologias que integram a Indústria 4.0:

  • Sistemas Ciber-Físicos (CPS)
  • Biologia Sintética
  • Internet das Coisas (IoT)
  • Inteligência Artificial (IA)
  • Manufatura Aditiva ou Impressão 3D
  •  

Desenvolvimento da Indústria 4.0

A Indústria 4.0 é ampliada por meio de “ondas”, de acordo com Henrik von Scheel. A quarta revolução industrial tem etapas e cada uma desbloqueia paradigmas para permitir que a próxima “onda” aconteça. Existem, assim, alguns requisitos tecnológicos que abrem espaço para que novas tecnologias surjam. Atualmente, o mundo está no início da 2ª Onda.
  • 1ª Onda (2009-2016): Digitalização (Internet das Coisas), Análises Avançadas, Computação em Nuvem, Realidade Aumentada e Impressão 3D.
  • 2ª Onda (2016-2025): Inteligência Artificial, Sistemas Autônomos, Blockchain, Comunicação 6G e Futuro da Energia.
  • 3ª Onda (2025…): Segurança Cibernética, Neurotecnologia, Nanotecnologia, Computação Quântica e Bioinformática.

Perspectivas para o desenvolvimento da Indústria 4.0 no Brasil

Gerando ganhos de eficiência, redução nos custos de manutenção de máquinas e consumo de energia, a Indústria 4.0 tem o potencial de modificar de forma significativa o país. De acordo com o levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a estimativa anual de redução de custos industriais no Brasil, a partir da migração da indústria para o conceito 4.0, será de, no mínimo, R$ 73 bilhões/ano.
Conforme Caio Megale, secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do ME, o governo federal vai tentar criar um ambiente favorável para que o setor privado avance rumo à modernidade. “É preciso reduzir a insegurança jurídica, aprimorar o marco regulatório da inovação e apoiar empresas com programas de qualificação de gestão e de capital humano”, afirmou Megale.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) publicou uma carta alegando que a Indústria 4.0 é a grande oportunidade para a indústria brasileira ser mais produtiva, por meio de tecnologias digitais que vão ajudar as empresas a aprenderem e serem mais ágeis.
Entretanto, ainda existem grandes desafios. Segundo o ranking Global Innovation Index (GII), lista que mede o nível de inovação dos países, o Brasil ocupa o 66º lugar entre 129 posições. A Indústria 4.0 requer medidas necessárias, como, por exemplo, viabilizar infraestrutura e levar banda larga para mais de duas mil cidades do Brasil.
Sobre esses desafios e setores que o Brasil precisa desenvolver para fomentar um ambiente agradável para o progresso da Indústria 4.0 no país, o Digitalks conversou com especialistas e representantes de marcas que já atuam com a 4ª Revolução Industrial. Veja a seguir comentários sobre as dificuldades, expectativas e insights de como enfrentar barreiras para implementar métodos 4.0.

Matheus Arantes, gerente da Engenharia Elétrica e Eletrônica da Volkswagen Brasil

“As perspectivas são muito boas. A Volkswagen tem como objetivo trazer soluções que aprimorem ainda mais a experiência do cliente, seja no momento de compra do seu carro, como no seu relacionamento com o produto no dia a dia. Temos como um dos pilares o uso da tecnologia, que é um ponto importante da 4ª Revolução Industrial no Brasil, para simplificar a vida dos consumidores e pensar em novos modelos de negócios focados, entre outros temas, no futuro da mobilidade.
Estamos trabalhando há pouco mais de um ano na construção e na implementação da Nova Volkswagen: empresa ainda mais ágil, eficiente, inovadora e ainda mais próxima de seus públicos. Posso citar um exemplo de como aplicamos essa metodologia: […], desde que iniciamos os processos rumo à indústria 4.0, aumentamos de 50% para 70% o nível de automação em nossas fábricas e reduzimos em até nove meses o tempo de desenvolvimento de novos projetos.”

André Rabelo Sousa, Gerente de Digital do Burger King Brasil

“Uma grande parte das empresas (brasileiras) já entendem a necessidade de transformar e adaptar seus negócios para um mundo mais digital. Porém, os dois principais desafios da indústria 4.0 no Brasil são: apesar da tendência de queda, o alto investimento das tecnologias disponíveis e talentos digitais para viabilizar novos modelos.
(No Burger King) um dos pontos mais importantes é ter o cliente como foco principal no negócio. E a partir disso, desenhamos e implementamos uma estratégia omnichannel, adotando cada vez mais novas tecnologias em toda a operação do Burger King. Criamos também estruturas mais horizontais com times multidisciplinares e privilegiando uma estratégia e gestão cada vez mais baseadas em dados.”

Marcelo Trevisani , CMO LATAM da CI&T

“Há grandes oportunidades para pequenas, médias e grandes empresas avançarem rumo à Indústria 4.0. A adoção de tecnologias disruptivas por empresas brasileiras já é realidade, como revelou a pesquisa Business Impact Insights, em abril deste ano, realizada pela CI&T em parceria com o Opinion Box – o estudo reuniu opiniões de cerca de 200 executivos, sendo 100% em cargos de liderança. Dentre as tecnologias que vêm sendo incorporadas nas estratégias dos empreendedores, estão a Inteligência Artificial (60%), Analytics e Big Data (46%), Internet das Coisas (41%), Blockchain (36%), Realidade Aumentada e Realidade Virtual (34%), e Chatbot (27%). Assim, esse cenário demonstra o quanto as empresas estão ávidas para criar ambientes de produção cada vez mais hiperconectados e evoluir seus processos no nosso país.
(…) Trabalhamos lado a lado com grandes empresas em sua jornada de Transformação Lean Digital para migrar seus negócios para a era da indústria 4.0. Promovemos mudanças de cultura e mindsets com o intuito de resolver questões complexas, evoluir e tornar mais ágeis processos produtivos e construir soluções inovadoras, experiências diferenciadas e personalizadas que entregam mais valor aos consumidores. Com isso, as empresas passam a estar mais próximas de seus clientes, aumentando sua satisfação e fidelização.”

Daniel Amaral, Professor da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP

“Acredito que existem dois principais desafios da Indústria 4.0: investimento e mão de obra. Primeiramente, todos sabem que, no longo prazo, a Indústria 4.0 irá ajudar na eficiência e otimização das fábricas, mas para adaptá-las hoje são necessários altos investimentos, ou seja, um desafio é realmente a empresa ter a consciência e também a capacidade de investir agora para poder usufruir das vantagens da Indústria 4.0 no futuro.
Em segundo lugar, temos também o desafio da mão de obra, pois infelizmente em alguns setores há uma falta de mão de obra especializada e, com a indústria 4.0, novos conhecimentos e capacitações serão exigidos, o que poderá ser um problema para muitas empresas. A melhoria na educação e capacitação são primordiais para não enfrentarmos problemas dentro da indústria 4.0 no país.”

Leandro José Morilhas, Coordenador Geral de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão na FIA de Administração e Negócios (FFIA) na Universidade de São Paulo – USP

“O Brasil precisa investir em educação, inovação, pesquisa e desenvolvimento de produtos inteligentes e conectados. É necessário promover a cultura do empreendedorismo, dedicar-se ao investimento em sistemas de pesquisa e aumentar a produtividade. Mas em primeiro lugar, é fundamental investir em educação e capacitar pessoas para utilizarem os robôs e máquinas. Investir em habilidades mais refinadas.”

Luis Pilli, Head da Pós Graduação em Marketing na Business School São Paulo – BSP

“De forma geral, a indústria 4.0 pode ser mais uma janela de desenvolvimento para um país que já desperdiçou algumas oportunidades. Aproveitar a Revolução Industrial requer ousadia de empresários, articulação de uma visão de futuro para o país que passa pela formulação de políticas públicas que incentivem a digitalização e eliminem restrições estruturais à Indústria 4.0. As transformações que ocorrerão no funcionamento das sociedade e nos estilos de vida das pessoas serão profundos, os desafios são grandes e precisam ser enfrentados com coragem, criatividade e muito conhecimento.”

Henrik von Scheel, Criador da Indústria 4.0

“Estamos em um mercado global onde as habilidades, o preço e a concorrência são regras. 35% das competências exigidas para empregos nas indústrias vão mudar até 2020. E pelo menos um em cada quatro trabalhadores nos países da OCDE já está relatando uma incompatibilidade de habilidades exigidas, na verdade, por seus empregos atuais. A questão é: o que será em alta demanda em dois a cinco anos? Estamos nos movendo para uma era em que a mentalidade é mais importante do que habilidades.”

Gabriel Dias
é jornalista formado no Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Analista de Conteúdo no grupo Digitalks, Gabriel também tem experiência nas áreas de jornalismo político. Trabalhou em agências de comunicação e na Câmara dos Deputados. Gosta de produzir conteúdos digitais e foca no Marketing Digital