Três irmãos decidem viver uma grande aventura. Orlando 27 anos, Cláudio 25, e Leonardo 23, Villas-Bôas alistam-se na expedição Roncador-Xingu e partem numa missão desbravadora pelo Brasil Central. A saga começa com a travessia do Rio das Mortes e logo os irmãos se tornam chefes da expedição e se envolvem na defesa dos índios e de sua cultura, registrando tudo num diário batizado de “Marcha para o Oeste”. Numa viagem sem paralelo na história, com batalhas, 1.500 quilômetros de picadas abertas, 1.000 quilômetros de rios percorridos, 19 campos de pouso abertos, 43 vilas e cidades desbravadas e 14 tribos contatadas, além das mais de 200 crises de malária, os irmãos Villas-Bôas conseguem fundar o Parque Nacional do Xingu, um parque ecológico e reserva indígena que, na época, era o maior do mundo, do tamanho de um país como a Bélgica. Na aventura, os irmãos Villas-Bôas conseguem passar pelo território Xavante, de índios corajosos e guerreiros sem nenhuma baixa de ambos os lados. Ao recontar a saga dos irmãos, o longa acompanha essa grande luta pela criação do parque e pela salvação de tribos inteiras que transformaram os Villas-Bôas em heróis brasileiros.
25 de abr. de 2013
16 de abr. de 2013
Réptil habitava a floresta amazônica há 8 milhões de anos.
Trabalho de reconstituição do animal levou dois anos para ser concluído.
Veriana Ribeiro e Yuri MarcelDo G1 AC
14 comentários
Animal viveu na região amazônica há mais de 8 milhões de anos (Foto: Allen Ferraz / Assessoria Ufac)
Cientistas da Universidade Federal do Acre (Ufac) apresentaram nesta terça-feira (16) o fóssil reconstituído de um jabuti-gigante que viveu na Amazônia há 8 milhões de anos e que pode ter parentesco com espécies de répteis que povoaram as Ilhas Galápagos, no Equador.
De acordo com o coordenador do Laboratório de Paleontologia da Ufac, professor Jonas Filho, o fóssil foi encontrado em 1995 no município acreano de Assis Brasil, na fronteira com o Peru. Como estava muito fragmentado, ficou armazenado no laboratório e só começou a ser reconstruído em 2011.
"O trabalho de reconstituição levou dois anos para ser concluído e agora ele estará na exposição permanente no laboratório de pesquisas paleontológicas da universidade", explica Jonas.
Para o pesquisador da Ufac, é provável que espécie encontrada em terras brasileiras seja ancestral dos jabutis encontrados no Equador. "Provavelmente eram parentes dos répteis das Ilhas Galápagos, tendo surgido primeiro aqui e depois se deslocado para aquela região", explica.
Com mais de um metro e meio de comprimento, os pesquisadores afirmam que o jabuti amazônico era maior que os jabutis-gigantes que viviam nas Ilhas Galápagos e foram encontrados pelo naturalista inglês, Charles Darwin, autor do livro "A Origem das Espécies".
Segundo Jonas Filho, ainda são poucas as informações sobre o animal, tanto que no nome científico consta apenas o gênero Chelonoidis. O paleontólogo conta que os pesquisadores sabem até o momento é que ele viveu na região amazônica e no Peru há mais de 8 milhões de anos, no Período Mioceno. O réptil era onívoro e se alimentava de frutas, carcaças de outros animais, além de pequenos répteis e anfíbios.
Professor Jonas Filho mostra o fóssil original do Purussauro (Foto: Veriana Ribeiro/G1)
Terra de Gigantes
Mas o jabuti-gigante não foi o único animal de grandes proporções a habitar a Amazônia pré-histórica. Em uma região pantanosa que não lembra em nada a floresta atual, tartarugas, jacarés, preguiças e outras espécies conviviam juntamente e tinham tamanhos que, segundo os pesquisadores, eram gigantescos.
Um dos animais que mais chamam a atenção é o Purussaurus brasiliensis, um gênero de jacaré que media mais de 13 metros de comprimento. A Amazônia era também o lar da preguiça-gigante. Segundo Jonas Filho, esses animais foram extintos quando o clima na região mudou.
"Eles viviam em uma área de pântano e foram extintos por uma mudança climática que secou os lagos, pois, como eram muito grandes, precisavam de muita alimentação e não encontravam", conta.
Mas o jabuti-gigante não foi o único animal de grandes proporções a habitar a Amazônia pré-histórica. Em uma região pantanosa que não lembra em nada a floresta atual, tartarugas, jacarés, preguiças e outras espécies conviviam juntamente e tinham tamanhos que, segundo os pesquisadores, eram gigantescos.
Um dos animais que mais chamam a atenção é o Purussaurus brasiliensis, um gênero de jacaré que media mais de 13 metros de comprimento. A Amazônia era também o lar da preguiça-gigante. Segundo Jonas Filho, esses animais foram extintos quando o clima na região mudou.
"Eles viviam em uma área de pântano e foram extintos por uma mudança climática que secou os lagos, pois, como eram muito grandes, precisavam de muita alimentação e não encontravam", conta.
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